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Visuality and Visualization LabSchool of Fine ArtsFederal University of Rio de Janeiro

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Data Cuisine

Por que “culinária de dados”?

October 16th, 2025

Sardinha ricas e sardinhas pobres (Susanne Jaschko, Moritz Stefaner, Fransisca Tan, 2015)

No campo da visualização de dados tradicional, usamos marcas visuais (linhas, áreas, formas etc.) e variáveis visuais (cor, tamanho, forma…) para expressar informação. O que torna o Data Cuisine interessante é que ele amplia esse repertório usando variáveis culinárias — sabor (doce, salgado, amargo, ácido), textura, temperatura, apresentação, ingredientes culturais, parâmetros de cozimento, entre outros — para transformar dados em experiências sensoriais.

Rich Sardines, Poor Sardines

A visualização Rich Sardines, Poor Sardines do Data Cuisine funciona como metáfora visual poderosa. As duas latas de sardinhas lado a lado simbolizam contrastes (riqueza vs pobreza, abundância vs escassez) em regiões com grande número de habitantes. Essa dicotomia visual reforça o conceito de “culinária de dados”, mostrando os mesmos “ingredientes” (neste caso, sardinhas) em composições informacionais distintas, dependendo de como são temperados, dispostos ou quantificados.

Potencial e desafios

As variáveis culinárias adicionam muitas possibilidades expressivas: por exemplo, transformar dados em pratos tridimensionais, modular a dosagem de tempero, manipular a textura ou brincar com conotações culturais de ingredientes. Mas há também desafios: como calibrar a relação entre quantidade de sal e percepção de “salinidade”? A percepção sensorial humana nem sempre responde de modo linear ao estímulo. O texto ressalta que ainda há questões abertas sobre como quantificar e traduzir dados em experiências gustativas mensuráveis e consistentes.

Conheça o projeto do visualizador de dados Moritz Stefaner e da curadora  Susanne Jaschko em https://data-cuisine.net/